Brasília - O índice de desmatamento registrado na Amazônia no mês de setembro chegou a 587 km², o que representa uma queda de 22% em relação a agosto e 2,7% em comparação com setembro de 2007. Os dados são do sistema Deter - Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira. A área de desmate registrada no mês passado equivale a quase um terço da cidade de São Paulo.
Se a crise financeira se estender até o ano que vem, ela irá afetar as negociações sobre a emissão de gases do efeito estufa na conferência que a ONU fará em 2009 para debater o assunto em Copenhague, a COP 15. A avaliação foi feita por Carlos Nobre, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), durante apresentação de dados sobre mudanças climáticas no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em Brasília. Leia mais |
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IMPACTO DA CRISE |
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HUMANOS USAM 1,3 PLANETA |
NOVO PLANO NACIONAL |
Em agosto, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) havia constatado o desmatamento de 750 km² na região. No acumulado do ano, a Amazônia sofreu um desmatamento de 6.268 km², o equivalente a mais de quatro vezes a cidade de São Paulo.
O instituto avisa, em seu site, que os dados não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia, em função da resolução dos satélites e da cobertura de nuvens variável de um mês para outro, e, portanto, os números devem ser usados apenas como indicador de tendências do desmatamento.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quarta-feira que a caatinga é um dos biomas mais ameaçados, menos estudados e menos protegidos do país. A declaração foi feita durante o lançamento do Mapa das Unidades da Caatinga em Terras Indígenas
Na ocasião, foi assinado um plano de ação entre o Ministério do Meio Ambiente, a Fundação Chico Mendes e a organização não-governamental The Nature Conservancy (TNC) para promover a criação e a consolidação de unidades de conservação na caatinga, a seleção de áreas prioritárias à conservação desse bioma e a elaboração da lista de regiões onde serão feitos estudos até dezembro de 2010. Leia mais |
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CAATINGA: OUTRA AMEAÇA |
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Do total de alertas indicados pelo Deter em setembro, 216 km² foram registrados no Mato Grosso e 127 km² no Pará. Maranhão, Rondônia e Amazonas tiveram, respectivamente, 97 km², 91,5 km² e 46 km². Os demais estados da Amazônia Legal tiveram pouco ou nenhum desmatamento registrado pelo Deter.
Esses números, que consideram áreas que sofreram corte raso (desmate completo) ou degradação progressiva (floresta em processo de desmatamento), devem ser analisados em conjunto com os dados sobre a ocorrência de nuvens, que impedem o monitoramento por satélite.
No mês de setembro, enquanto Mato Grosso e Rondônia puderam ser livremente observados, 63% do território do Pará, por exemplo, esteve coberto pelas nuvens. O Relatório de Avaliação completo está disponível no site do Inpe.