São Paulo - A Bovespa acompanhou nesta segunda-feira a melhora do cenário externo. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou com ganho de 1,16%, aos 36.374 pontos. O índice oscilou entre a mínima de -0,86% e a máxima de +1,20%. O volume negociado totalizou R$ 1,46 bilhão. O dólar comercial fechou a R$ 2,14, na cotação mínima do dia, após queda de 0,79% em relação ao valor de fechamento de sexta-feira. Na máxima, a moeda americana foi a R$ 2,161. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista também encerrou na mínima a R$ 2,14 (-0,65%).
Os investidores começaram a semana com pouca disposição ao risco, como mostra o volume financeiro reduzido da Bovespa. A pouca disposição se deve ao calendário pesado da semana: será divulgada a ata da última reunião do banco central americano, a nova taxa básica de juros brasileira e as medidas para reduzir o spread bancário no País.
Ainda assim, o movimento na Bolsa paulista foi de alta, por influência do mercado acionário norte-americano, onde o índice Dow Jones fechou em +0,61% e o Nasdaq, em +0,95%. A melhora das bolsas nos EUA refletiu o preço do petróleo, que recuou 2,62% em Nova York, reagindo a novas informações sobre o enfraquecimento da tempestade tropical Ernesto. A recuperação das bolsas também espelhou o aumento surpreendente da produção manufatureira medida pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Dallas. O índice subiu de 9,4% em julho para 33,9% em agosto.
A queda do petróleo, no entanto, pesou nas ações da Petrobras, o que limitou uma melhora mais expressiva da Bovespa. A ação preferencial da empresa caiu 0,57% e a ordinária recuou 1,20%. Hoje, o diretor financeiro da estatal disse que a empresa vai elevar os preços domésticos dos combustíveis se o petróleo no mercado internacional continuar operando em torno de seus picos recentes. Mas ele avalia que os preços vêm se mantendo elevados por fatores isolados. Entre os operadores, a avaliação é de que o preço dos combustíveis só deverá ser reajustado após as eleições presidenciais.
Dólar
O mercado de câmbio doméstico oscilou acompanhando o comportamento dos ativos internacionais, principalmente das bolsas dos EUA. No início do dia, ainda sem definição lá fora, e com os futuros do Nasdaq e do Dow Jones mostrando pequenas desvalorizações, o dólar sustentou trajetória de alta. Com o decorrer do dia, no entanto, a queda acentuada do petróleo animou os investidores internacionais e respingou por aqui. As cotações do dólar cederam e passaram ao terreno negativo.
Por aqui, nada teve peso suficiente para impedir que o dólar acompanhasse os passos dados no exterior. Na sexta-feira, o Banco Central divulgou regulamentações referentes às novas normas do mercado de câmbio, mas o conjunto de medidas não interferiu na direção dos negócios.