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Rússia quer limitar invasão brasileira

Rio de Janeiro - O "novo Eldorado" para os jogadores brasileiros, a Rússia, está com seus dias contados, de acordo com o chefe da Agência Federal para a Cultura Física, Esporte e Turismo do país, Viatcheslav Fetissov. No ano passado, os clubes russos tornaram-se um dos principais mercados para atletas do Brasil, desde que aumentaram seus investimentos na contratação de estrangeiros.

Além de famosos, como Vágner Love (CSKA - ex-Palmeiras), Jorge Vágner (Lokomotiv - ex-Corinthians), Jean (Saturno) e Souza (Krylia Sovetov), ambos ex-São Paulo, há muitos jogadores brasileiro de menor expressão no futebol russo.

Fetissov, que exerce um cargo correspondente ao de ministro do Esporte no Brasil, esteve no País para assinar vários acordos de cooperação. Apesar de não esconder que seu interesse principal é o de contar com a mão-de-obra técnica brasileira para desenvolver o futebol de base na Rússia, demonstrou excessiva preocupação com a invasão de atletas brasileiros.

"Pessoalmente, acho necessário pensar uma maneira de ter esse controle. A principal razão é a de que já existem equipes onde não atuam jogadores russos", afirmou Fetissov. "Nossos atletas passaram a ter poucas chances de atuar e, com isso, não desenvolvemos o nosso futebol."

Responsável por um orçamento de US$ 250 milhões, que somados aos US$ 750 milhões administrados por outras regiões do país desenvolvem o esporte russo, Fetissov contou estar disposto a pagar pela contratação dos técnicos brasileiros. Em contrapartida, ainda fornecerá profissionais para desenvolver no País modalidades como a ginástica artística, natação sincronizada, pólo aquático e luta.

"É sobretudo um processo de treinamento e intercâmbio de treinadores. São de várias modalidades. Também queremos criar um sistema de treinamento elaborado pelos dois países", disse o chefe da agência russa. "Penso que o esporte é a saída para resolvermos vários problemas sociais. E o Brasil compactua com essa idéia. Já até sensibilizei nosso presidente (Vladimir Putin), que antigamente praticava judô e caratê."

Atleta consagrado de hóquei no gelo, e uma das maiores personalidades esportivas da Rússia, o bem-humorado Fetissov somente mudou o tom da entrevista ao ouvir um nome: o do seu compatriota Boris Berezovski. O chefe da agência russa de esportes disse desconhecer a parceria entre Corinthians e MSI, assim como a participação de Berezovski na negociação. Sobre seu compatriota, suspeito de envolvimento com crimes de lavagem de dinheiro e assassinatos na Rússia, foi taxativo: "De nenhuma maneira posso comentar as ações deste senhor. É difícil dizer alguma coisa, não vou falar sobre boatos."

 

 
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